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Allyson trata religiões desigualmente

  • Foto do escritor: Portal Mossoró Realista
    Portal Mossoró Realista
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 2 dias

O recente anúncio do “patrocínio histórico” de R$ 200 mil para a Festa de Santa Luzia 2025 reacendeu um debate que já circula entre fiéis, lideranças religiosas e até dentro da política local: a gestão municipal não trata todas as manifestações religiosas da mesma forma.

O valor destinado à maior festa católica da cidade foi amplamente divulgado pela Prefeitura como um grande marco. Mas, quando comparado aos investimentos recentes da própria gestão em eventos ligados ao segmento evangélico, o discurso desmorona.

Há poucos meses, no Mossoró Sal & Luz um evento gospel promovido pela Prefeitura foram usados mais de R$ 2,7 milhões apenas em cachês de artistas. Isso significa que o município destinou mais de dez vezes o valor dado à Festa de Santa Luzia.


Alguns exemplos dos cachês pagos:

Maria Marçal – R$ 230 mil

Bruna Karla – R$ 220 mil

Isadora Pompeo – R$ 220 mil

Casiane – R$ 210 mil

Thalles Roberto – R$ 200 mil



Ou seja: vários artistas evangélicos receberam individualmente mais do que todo o valor repassado para a festa que há décadas faz parte da cultura, fé e identidade de Mossoró.

E essa diferença não pode ser analisada isoladamente. É preciso lembrar que tanto o prefeito quanto o vice-prefeito são evangélicos, o que reforça ainda mais a percepção presente em parte da população de que a gestão prioriza eventos voltados ao seu próprio segmento religioso, enquanto outras tradições recebem valores muito menores, embora embalados por forte propaganda institucional.

O contraste é evidente:

Para o Sal & Luz, milhões foram investidos sem cerimônia.

Para a Festa de Santa Luzia, apenas R$ 200 mil mas com divulgação de “recorde histórico”.

O episódio escancara uma escolha política e administrativa. Mostra que, na prática, a balança da gestão pesa mais para umas religiões do que para outras.

E a pergunta que fica para o povo mossoroense é inevitável:

se R$ 200 mil é histórico para Santa Luzia, como chamar os R$ 2,7 milhões do evento evangélico? E por que essa diferença tão clara de prioridade?

 
 
 

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